Zonas Autônomas como estratégia de transformação global
Estamos nós, que vivemos no presente, condenados a nunca experimentar a autonomia, nunca pisarmos, nem que seja por um momento sequer, num pedaço de terra governado apenas pela liberdade? Estamos reduzidos a sentir nostalgia pelo passado, ou pelo futuro? Devemos esperar até que o mundo inteiro esteja livre do controle político para que pelo menos um de nós possa afirmar que sabe o que é ser livre?
— Hakim Bey, TAZ
Se os comunistas só conseguiram proliferar o vírus sistêmico de uma forma diferente, substituindo elite ligada ao capital à elite ligada ao estado, e os defensores do status-quo são por demais inertes para sequer pensar em algo diferente do seu mundo estamental, apresentamos aqui uma proposta de retirada estratégica do poder, não com o intuito de criar um mundo alheio e paralelo, mas com o intuito de confrontar os atuais marcos viróticos a partir de uma outra sociedade, uma sociedade livre.
Ao encontrar o 'Y' vá para Croatã
Do coletivo Intencional à Zona Autônoma
Como desaparecem as civilizações
Existe um ponto do qual não há retorno: esse é o ponto que devemos atingir.
— Franz Kafka
Imagine-se caminhando entre as ruínas das cidades Ácades na Mesopotâmia, tudo aquilo que uma vez foi um dos antigos impérios conhecidos. Os restos das muralhas ruídas pelo vento, colunas e pisos, escombros e as areias do tempo que nunca param de soprar. Estátuas rotas de deuses e reis que uma vez foram tão grandiosos, mas que hoje jazem no mais completo esquecimento. Os antigos hebreus se impressionaram com o que viram ao passarem dos sun
Erguendo Enclaves
Um lugar em um tempo, pode ser mais que só um lugar em um tempo. Algum lugar distante o suficiente (ou oculto o suficiente) da Máquina-Sistema, um lugar onde as pessoas ajam e se relacionem nos termos da horizontalidade ontológica e solidariedade libertária, este tipo de lugar já possuiu muitos nomes, por vezes no plural, e existiu em muitos contextos históricos e culturais. Sua existência talvez seja tão antiga quanto a própria centralidade do poder o é, mas mesmo assim, sobre ele paira um manto de novidade, um mundo de potencialidades que um sábio sufi-anarquista chamado Peter Lamborn Wilson (também conhecido como Hakim Bey), nomeou de Zona Autônoma há mais de 20 anos.
A idéia é simples. Se a História nos mostra que toda revolução possui um ciclo, abandona suas intenções originais se completando na formação de um novo Estado, (uma nova face da mesma máquina de dominação), é necessário abandonar a idéia da revolução. O modelo da revolução é encarado por H. Bey como uma armadilha do destino, que sempre que conquista sua permanência se tornando ela mesma uma outra variante daquilo que combateu. A única solução seria libertar a transformação social efetiva da prelado da revolução. São as zonas autônomas - que como raios de sol no meio de uma escura tempestade - surgem como alternativa.
A primeira vista poderíamos pensar que uma estratégia viável seria "Sumir do Mapa", que é formado por tudo aquilo que foi mapeado pelo Olho vidrado do Poder.
Zona Autônoma enquanto fim: o sonho colonial
Zona Autônoma (enquanto meio): redes contra o sistema
Movendo as peças no tabuleiro: libertando territórios
ZAI - a Zona Autonoma Unitária (este passo já foi dado)
O Prelúndio da Mudança: como era a ação antes da era da informação livre
ZAI - Zonas Autonomas Isoladas
"Não basta uma informação de como ganhar a vida simplesmente com honestidade e honra, mas que tal ato seja atraente e glorioso, pois se ganhar a vida não for atraente e glorioso não é a vida que se ganha." - Henry David Thoreau, Vida Sem Princípios
Entre Christiania, Croatã, Okupas e os Zapatistas
Lutando por autonomia relativa (política e energética)
Ocultismo (ou não?!)
Meios de sustentabilidade (num mundo onde ainda somos poucos)
Um grande projeto de pilhagem e reciclagem
Permacultura
A solidão não é seu aliado: as ZAI e as cidades
o despertar da anarquia cotidiana
Ligando os primeiros pontos: expansão por divisão
ZAV - Zonas Autonomas Vinculadas
"Não o homem mas os homens é que habitam este planeta. A pluralidade é a lei da Terra" - Heidegger
As enclaves
constituição de novas ZA
constituição de vínculos entre ZA existentes
Mutualidade interZA - Fortalecimento mútuo
ZAR - Zonas Autonomas em Rede
Hospitalidade é a moeda : viajando por ZAR
O sistema ameaçado - imprescidibilidade da força
A Grande Virada - Delimitação das Zonas Despóticas (Olha só quem está cercado?!) - Espaços de reabilitação
Mudar o Mundo e aniquilar o Poder - Derrubando impérios - infecção generalizada